Em um mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, onde a inteligência artificial (IA) se torna parte integrante de nossas vidas diárias, é crucial também reconhecer e desenvolver a inteligência cidadã. Este é o ponto de vista defendido por Paulo Cavalcanti, presidente da Associação Comercial da Bahia, que advoga pela filosofia da “consciência cidadã participativa transformadora”.
A Era da Inteligência Artificial
Cavalcanti começa sua reflexão reconhecendo a presença inegável da IA em nosso cotidiano. “Sem dúvida alguma, a inteligência artificial já é uma realidade entre nós,” afirma ele, destacando como máquinas e sistemas inteligentes, impulsionados por dados e algoritmos, já realizam uma variedade de tarefas que antes dependiam exclusivamente do intelecto humano.
Essa evolução tecnológica traz inúmeros benefícios, desde a automação de processos industriais até avanços na medicina e na educação. No entanto, Cavalcanti faz um chamado para que não nos esqueçamos do valor insubstituível da participação humana consciente e organizada na resolução de problemas sociais.
A Necessidade da Inteligência Cidadã
Para Cavalcanti, tão importante quanto a IA é a inteligência cidadã. Ele define este conceito como a capacidade dos cidadãos de se organizarem e contribuírem coletivamente para resolver desafios sociais e comunitários, usando seu conhecimento e experiência. “Mas você já refletiu também sobre a inteligência cidadã?”, questiona ele, incentivando uma introspecção sobre o papel ativo que cada indivíduo pode desempenhar na sociedade.
A inteligência cidadã, segundo Cavalcanti, é essencial para enfrentar questões que vão além do escopo da tecnologia. Problemas como desigualdade social, sustentabilidade ambiental e governança ética requerem uma abordagem colaborativa e consciente, onde a experiência e o engajamento dos cidadãos são cruciais.
A Filosofia da Consciência Cidadã Participativa Transformadora
Paulo Cavalcanti promove uma filosofia centrada na “consciência cidadã participativa transformadora”. Este conceito é um convite para que os cidadãos não sejam apenas espectadores, mas sim participantes ativos na transformação da sociedade. Ele acredita que o desenvolvimento desta forma de inteligência é fundamental para complementar os avanços proporcionados pela IA.
“Precisamos compreender que tanto a inteligência artificial quanto a inteligência cidadã têm papéis distintos e complementares na sociedade,” explica Cavalcanti. Enquanto a IA pode oferecer soluções rápidas e eficientes para muitos problemas técnicos, a inteligência cidadã é indispensável para enfrentar desafios humanos e sociais de forma sustentável e inclusiva.
Um Convite à Ação
Cavalcanti encerra sua reflexão com um convite: “E aí, vamos desenvolver a nossa inteligência cidadã?”. Ele chama todos a se engajarem ativamente em suas comunidades, a partilharem conhecimentos e experiências, e a colaborarem na busca de soluções para os desafios que enfrentamos como sociedade.
Em resumo, a mensagem de Paulo Cavalcanti é clara e inspiradora. Ele nos lembra que, em um mundo cada vez mais tecnológico, o desenvolvimento da inteligência cidadã é não apenas desejável, mas essencial. Afinal, a tecnologia pode ser uma poderosa aliada, mas são os cidadãos conscientes e organizados que, juntos, podem transformar a sociedade de forma significativa e duradoura.
Fonte: Portal Bahia Bahia