O Brasil tem uma Constituição influenciada pelo Iluminismo, mas não conseguiu formar um povo que sequer saiba o significado disso. Garantimos no papel os direitos que o Iluminismo pregava há séculos – liberdade, igualdade, educação, ciência –, mas permanecemos nas sombras da ignorância e da manipulação. Se a razão deveria governar, por que ainda somos um país onde a emoção, o fanatismo e a desinformação continuam dominando nossa cultura?
Não basta citar Montesquieu, Voltaire e Rousseau se ignoramos a essência do que eles defenderam: o pensamento crítico como motor da transformação social. O que fez os grandes movimentos da história não foram apenas leis bem escritas, mas mentes inquietas, cidadãos inconformados, pensadores que recusaram o papel de massa de manobra.
O Brasil Precisa de Iluministas Atuais
A ausência de uma cultura de pensamento crítico é o maior entrave ao desenvolvimento do Brasil. Quando o cidadão não questiona, não entende, não participa, ele abre espaço para que o poder fique nas mãos de quem se aproveita da ignorância coletiva.
O que falta, então? Falta um povo que exija mérito em vez de apadrinhamento, transparência em vez de narrativas, educação de qualidade em vez de doutrinação, ciência em vez de superstição, justiça em vez de conchavos políticos.
Se o Iluminismo do século XVIII derrubou monarquias absolutistas, o que o Iluminismo do século XXI precisa derrubar? O conformismo, a apatia, a submissão ao atraso. O brasileiro precisa parar de achar que “política é tudo igual”, que “não adianta votar”, que “sempre foi assim e sempre será”. Esse discurso não é um diagnóstico, é uma condenação autoimposta.
Atenda ao Chamado: Seja um Iluminista do Século XXI
O Movimento Via Cidadã não é um clube de espectadores da política. Ele provoca, desperta, convoca. É um chamado a todos os que ainda têm cérebro e coragem para usá-lo. Não há mudança sem incômodo, e não há transformação sem participação.
Se o iluminista do passado foi aquele que desafiou reis e dogmas, o iluminista de hoje é aquele que desafia a cultura do medo, a passividade e a alienação.
A pergunta é simples: vamos continuar no escuro ou acender a luz do pensamento crítico?
A revolução que o Brasil precisa não começa em Brasília. Ela começa na consciência de cada cidadão que decide abrir os olhos, enxergar e, principalmente, participar.
Artigo escrito por Paulo Cavalcanti
