Um desafio que pode ser enfrentado e solucionado no Brasil. É assim que a educação formal deve ser pensada neste Dia da Escola, comemorado hoje. Mas quais são os desafios do modelo de educação no país e como superá-los? São muitas as questões, mas também inúmeras as respostas, que inclusive já começam a se tornar soluções aplicadas no dia a dia.
No Brasil, mais de 9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos não terminaram sua formação básica ou não frequentam a escola. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2022 revelam um cenário assustador, onde o afastamento das unidades educacionais ainda predomina e justamente para aqueles que mais precisam da educação para uma mudança de vida.
Um levantamento do Datafolha ouviu 1,6 mil jovens de todo o país e confirmou que a vulnerabilidade socioeconômica é um fator primordial para o abandono dos estudos. Jovens negros ou indígenas estão entre os 25% mais pobres do país, moram na zona rural e/ou têm deficiência, e essas razões corroboram para a saída da sala de aula, acompanhandos pelo menor engajamento e baixa autoestima intelectual, além da necessidade de ajudar com a renda da família ou cuidar de filhos e parentes.
Os países com melhores resultados no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o Pisa, garantem que todos os alunos tenham acesso a uma educação de qualidade, independentemente de sua origem social, econômica ou cultural. Na Finlândia, por exemplo, todas as crianças têm acesso a esse modelo desde a educação infantil até o ensino superior. No Canadá, há um forte investimento em programas de apoio para alunos com necessidades especiais.
Na verdade, essas pesquisas mostram que o Brasil precisa oferecer formação inicial e continuada de qualidade aos professores, com foco no desenvolvimento de habilidades e competências, além de adaptar o currículo escolar para o desenvolvimento de habilidades como leitura, matemática, ciências, resolução de problemas, criatividade e trabalho em equipe.
O país pode e precisa virar o jogo em relação a isso. O uso de ferramentas tecnológicas, por exemplo, gera motivação constante aos estudantes, estímulos à criatividade e, consequentemente, maior interesse dos estudantes pelas atividades em sala de aula.
E a transformação não se aplica apenas aos estudantes. Dados de uma pesquisa feita pela empresa de educação tecnológica Dulino, com professores do ensino fundamental ao ensino médio, aponta que, para eles, aplicar todos os conteúdos propostos (50%), mudar o comportamento dos alunos considerados problemáticos (45,9%), lidar com a subjetividade do ser humano (44,6%) e manter a atenção dos estudantes (28,4%) seguem sendo os maiores desafios para a relação em sala.
A Dulino, que leva equipamentos de tecnologia às escolas, guia os professores para capacitação de estudantes e manuseio de peças tecnológicas, desafios e soluções práticas. O resultado é percebido no dia a dia a partir do impacto gerado pela transformação tecnológica.
Segundo dados internos, 90% dos estudantes impactados pelas soluções da empresa aumentam as habilidades de pensamento crítico, com melhora da confiança para 94% deles e maior sensação de preparo para explorar novas ideias e possibilidades (93%).
A forma como a gente enxerga a educação combate à evasão. É preciso engajar os alunos em sala de aula para que o processo educacional seja algo significativo. Os dados estatísticos comprovam que é possível potencializar as habilidades e competências, tendo esse cuidado com as habilidades sociocomportamentais e socioemocionais. O país do futuro agradece.
Fonte: Diário de Pernambuco