Era uma vez um país tão bonito quanto desigual. Um país abençoado pela natureza, mas assolado por problemas criados por seus próprios habitantes. Nesse lugar, chamado Brasil, vivia um cidadão consciente, o Brasileirinho, que observava tudo ao seu redor com olhos críticos e esperança no coração.
Naquele tempo, o Brasil estava emaranhado em um turbilhão de contradições. As pessoas viviam com medo, reféns de uma insegurança pública que as obrigava a esconder celulares nas ruas e a temer por suas vidas ao entrar em bairros controlados por organizações criminosas. Os índices de alfabetização eram vergonhosos para uma nação que se dizia do futuro, enquanto a saúde pública era tão ineficiente que muitos viam a morte como uma alternativa menos sofrida.
Nas eleições, o cenário era desolador. O povo, sem educação cívica, vendia votos como quem vendia sua própria dignidade. Muitos nem sabiam que estavam abrindo mão de algo tão valioso; outros, oportunistas por falta de conhecimento e caráter, achavam esse comportamento natural.
E a justiça? Ah, a justiça! Tornara-se uma entidade desacreditada. A tirania de algumas instituições públicas transformava o sistema em um jogo de cartas marcadas, onde o cidadão comum sentia-se esmagado e impotente. Era o cenário perfeito para o florescimento de um pensamento pequeno, egoísta: ser beneficiário de um programa social — o “Auxílio Nacional” — era o que muitos almejavam como ápice de sucesso. Trabalhar e produzir não fazia parte dos sonhos de um povo sem rumo.
Mas o Brasileirinho, ah, ele sonhava. Ele acreditava. E ele agia.
Ele começou a espalhar uma mensagem simples, mas poderosa: “O poder está no povo, mas um povo que entende sua responsabilidade.” O Brasileirinho não parava. Ia de escola em escola, de bairro em bairro, pregando o evangelho da consciência cidadã participativa. Ele dizia que a transformação não viria de um salvador da pátria ou de soluções mágicas; ela nasceria do trabalho conjunto dos três setores — público, privado e o terceiro setor — e, acima de tudo, da consciência dos cidadãos.
E, aos poucos, o Brasil começou a mudar.
As pessoas começaram a se unir, não mais em polarizações raivosas, mas em torno de um objetivo comum: a construção de um país justo, educado e forte. A educação cívica tornou-se uma prioridade nacional. As escolas ensinaram às crianças não apenas a ler e escrever, mas também a compreender seus direitos e deveres como cidadãos.
O medo foi substituído pela segurança. A justiça passou a ser respeitada e confiável, porque as instituições foram reformadas sob o olhar vigilante de uma sociedade que não mais tolerava abusos. O assistencialismo deu lugar a programas que incentivavam o empreendedorismo e a independência financeira. E, então, as pessoas se orgulhavam de contribuir para o crescimento do país, em vez de apenas esperar por ajudas e discursos vazios.
Hoje, o Brasil é irreconhecível para quem o conheceu no passado. O Brasileirinho, já mais velho, observa com um sorriso no rosto. A polarização deu lugar à união, e as pessoas descobriram que ser cidadão é muito mais do que votar de dois em dois anos.
Ele conta sua história para os jovens e sempre termina com a mesma frase:
“Não foi fácil, mas o Brasil que temos hoje é o resultado do povo que aprendemos a ser.”
E assim, o país se tornou uma nação maravilhosa, com a maioria do povo vivendo com consciência cidadã participativa. Um lugar onde ser honesto, justo e solidário não era exceção, mas a regra.
E aí? Vamos juntos começar a contar essa história amanhã?
Pau na máquina!